A hora mais esperada para o produtor rural chegou: a colheita da soja. Então, alguns cuidados devem ser observados na colheita da soja para ter resultados expressivos. Veja os 5 pontos de atenção para uma colheita bem feita.
A ideia é trazer pontos de atenção para que o sojicultor se prepare e deste modo, consiga ter uma temporada ainda melhor que o esperado.
Confira alguns cuidados e tenha uma colheita com excelente resultado.
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CUIDADOS NA DESSECAÇÃO
Você já pensou quais as vantagens e desvantagens da dessecação pré-colheita? Ela é uma prática muito comum que tem três objetivos: uniformizar a área da soja, controlar plantas daninhas e antecipar a colheita.
A colheita da soja antecipada pela dessecação pode beneficiar o plantio do milho safrinha, mas corre-se o risco de perder três vezes, porque:
a. o grão de soja pode não estar plenamente formado;
b. o grão colhido antes da plena maturação pode apresentar-se esverdeado, com elevado teor de umidade e ter descontos por causa disso;
c. gasta-se herbicida e combustível inutilmente. A dessecação da soja pode justificar-se na presença de hastes verdes e retenção de folhas.
Se essa for sua opção, recomenda-se colher a soja no mínimo 7 dias após a dessecação.
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ATENÇÃO AO PONTO DE MATURAÇÃO DA SOJA
O ponto ideal de colheita da soja é após o grão atingir a plena maturação (fase R7), ou seja, com umidade de 14%.
O momento ideal da colheita é logo após a planta estar no ponto, por exemplo, quando os grãos possuem uma umidade entre 13% e 15%. Grãos mais úmidos que isso reduzem o desempenho da colheitadeira, causando entupimento do maquinário, o que danifica o grão e como resultado, aumenta o custo de armazenamento e secagem.
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MONITOMENTO DA PERDA DE GRAOS
Diversos trabalhos científicos descrevem que as maiores perdas ocorrem na plataforma da colhedora por diversos motivos, entre eles, podemos citar a velocidade do molinete incompatível, facas quebradas, barra de corte com folgas, entre outros. (Fonte: adaptado Embrapa 2008, Esalq 2005.)
O monitoramento do processo de colheita da soja deve ser realizado utilizando a metodologia do Copo Medidor da Embrapa: após a passagem da colhedora, coloca-se uma armação de 2 metros quadrados e coletam-se todos os grãos ali contidos. Ao depositá-los no referido recipiente, uma escala indicará os níveis de perdas aceitáveis (menor ou igual a 1 saca de 60 kg/ha) ou se estão ocorrendo desperdícios – estes últimos podendo ser eliminados pelo operador e/ou técnico que acompanha o processo de colheita por regulagens e ajustes na colheitadeira.
Segundo um levantamento, a perda média de grãos de soja no processo de colheita é de quase duas sacas por hectare. Esse montante representa um prejuízo de quase R$ 4,3 bilhões por ao país. Aproximadamente 80% dessas perdas estão relacionadas a falta de ajustes nos mecanismos usados na colheita e a velocidade de deslocamento das máquinas, que deve ficar de modo ideal entre 4 e 6,5 km/h.
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REGULAGEM DE COLHEDORAS
A máquina colhedora é composta, basicamente, pelos seguintes processos: corte, trilha, separação dos grãos e limpeza.
Ajustar a tensão das correias, lubrificar e se necessário substituir peças gastas ou danificadas do sistema de armazenamento e descarga são necessários para diminuir perdas, durante a colheita da soja.
A máquina colhedora é composta, basicamente, pelos seguintes processos: corte, trilha, separação dos grãos e limpeza.
Os ajustes nas peças, principalmente na rotação do molinete deve ser feito antes do início da colheita. O mesmo vale para a tensão da esteira, que varia de acordo com a quantidade de grãos que serão processados.
A recomendação da EMBRAPA para a velocidade ideal de rotação do Molinete é: observar as condições da cultura a ser colhida (quando a cultura encontra-se alta e densa devemos utilizar a mesma velocidade de avanço da colhedora, em condições normais de lavoura deve-se utilizar entre 15% e 20% mais rápido). Para situações onde a lavoura encontra-se baixa e rala, pode-se utilizar até 35% mais rápido que a velocidade de avanço da colhedora, sempre observando está ocorrendo debulha no atrito do molinete e barra de corte durante o avanço da máquina. Fonte: adaptado Embrapa 2008, Esalq 2005.
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PÓS-COLHEITA DE GRÃOS: DANOS DE PRAGAS E PATÓGENOS
Apesar de sua relevância mundial na produção de grão, o Brasil convive com perdas elevadas de pós-colheita, principalmente durante o transporte e armazenamento. A estimativa mais recente aponta uma perda de 20% de toda a produção, do momento da colheita, passando pelo transporte, armazenagem e escoamento final.
Destaca-se como as principais causas de perda de pós-colheita de grãos os ataques por insetos, ácaros, pássaros, roedores, fungos e bactérias.
Os cuidados devem permanecer, mesmo após a colheita, sendo assim, as instruções de um profissional qualificado devem ser mantidas, pois os grãos são organismos que continuam vivos depois de sua colheita e, devido a suas atividades biológicas e ao alto teor de água em sua composição, eles são altamente perecíveis.
Insetos e fungos se destacam como as mais importantes pragas responsáveis pelas perdas no período de pós-colheita. Esses organismos facilmente se adaptam a condições de ambientes secos, escuros e com baixa concentração de oxigênio, como ocorre durante o armazenamento de grãos.
COLHEITA DA SOJA NO BRASIL
A tão esperada colheita da soja começou no Brasil. O Brasil é o maior produtor e exportador no mundo de uma das principais commodities (produtos que funcionam como matéria prima) mundiais – a soja. Dela derivam-se grãos para alimentação humana, o farelo como ingrediente importantíssimo para nutrição animal e o óleo na produção de bens de consumo para cozinha, medicamentos e biodiesel.
Para 2021, a previsão da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) é de que seja colhido o volume recorde de 132,6 milhões de toneladas de soja em 2021.
Dominante no Brasil para produção de grãos, o sistema de plantio direto ocupa quase 70% da área cultivada com estas culturas e mais de 90% da área da soja.
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